BEIJING, 23 de jun (Diário do Povo Online) - Como é a vida dos chineses mais pobres?Na época em que a China se tornou a segunda economia do mundo, essa questão talvez se afaste da visão das pessoas nas regiões urbanas.
De acordo com os dados estatísticos, as zonas rurais da China continuam a ter 70 milhões de pessoas que vivem na miséria, número de que representa 7,2% dos residentes rurais.
Em um seminário realizado recentemente em Guizhou, província remota no sudoeste do país, o presidente chinês, Xi Jinping, apelou aos governos de todos os níveis a lutar contra a pobreza durante o Décimo Terceiro Plano Quinquenal, para garantir que a população pobre deixe da miséria em 2020.
Nas últimas três décadas, por um lado, a área de pobreza nas zonas rurais foi reduzida, por outro lado, as regiões mais pobres se tornam o “osso duro” que o governo chinês tem que erradicar.
Abrindo uma porta velha, o repórter conseguiu ver a parte interna da casa, que é dividia em dois espaços, à esquerda é um estábulo para bovinos com muito cheiro e à direita, é o quarto para pessoas. Sob a iluminação do celular, pode se ver uma cama, que é composta por uma tábua de madeira nos quatro tijolos. Sem mesa nem cadeira, a parede da casa foi defumada em preto. Isto é a casa de Er Ri Shu Jin, um residente da etnia Li que mora em uma vila pobre e remota da Província de Sichuan, no sudoeste da China.
Para esta família com cinco membros, comer arroz e carne é uma experiência luxuosa. Eles comem arroz cada 10 dias quando a feira chega ao lugar e a carne, três vezes por ano, respectivamente nos três festivais importantes para sua etnia.
Er Ri Shu Jin, de 45 anos de idade, perdeu o olho esquerdo. Três anos atrás, ele descobriu que seu olho tinha um problema, mas não teve dinheiro a consultar ao médico. Apesar de seguro médico para zonas rurais, ele não teve dinheiro a pagar a despesa.
A vida de Er Ri Shu Jin é uma miniatura da miséria da região de Daliangshan, uma região montanhosa com 60 mil quilômetros quadrados. Algumas pessoas aproveitaram o micro empréstimo fornecido pelo governo para efetuar os serviços de transporte, plantação de pimenta e pecuária, com os quais, ganharam o dinheiro. Mas por outro lado, a miséria, que durou milhares dos anos, continua sendo um problema profundamente radicado para esta região remota.