China nega construção do Canal de Kra na Tailândia

BANCOQUE, 19 de maio (Diário do Povo Online) – A embaixada chinesa na Tailândia negou nesta terça-feira a reportagem de que a China e a Tailândia planejam construir o "Canal de Kra" para contornar os Estreitos de Malaca. De acordo com a embaixada, até ao momento, o governo chinês não participou de nenhum estudo nem cooperação concreta sobre o projeto, tampouco expressou qualquer posição sobre a questão.

De acordo com as informações divulgadas pela mídia taiwanesa, após o Corredor Econômico China-Paquistão, a ferrovia de alta velocidade entre a China e a Rússia, a China tem um novo plano para pôr em prática a proposta de “Um Cinturão e Uma Rota”. A Administração de Segurança Marítima de Ningbo anunciou no dia 15 no seu Weibo, versão chinesa de twitter, que a China e a Tailândia assinaram um memorando de cooperação sobre o "Canal de Kra", em Guangzhou, dando um passo significativo para iniciar o megaprojeto secular. Segundo estimativas preliminares, a construção deste projeto vai levar 10 anos, com um investimento total de 28 bilhões de dólares, uma vez concluído, o "dilema Malaca" da China será resolvido.

Segundo o jornal taiwanês “China Times”, o "Canal de Kra" indica a escavação de um canal na região do Istmo de Kra na Tailândia para interligar o Golfo da Tailândia, no Oceano Pacífico, e o Mar de Andaman, no Oceano Índico. Após a conclusão da obra, as linhas marítimas internacionais pode jamais passar pelo Estreito de Malaca, com o qual, a distância da navegação pode reduzir em 1.200 quilômetros, e o tempo de navegação pode economizar entre 2 e 5 dias. Para um cargueiro de petróleo de 10 mil toneladas, uma viagem pode economizar 350 mil dólares.

Citando as informações da imprensa de Hong Kong, China Times disse que após a assinatura de um memorando de cooperação entre a China e a Tailândia, a construção do canal já pode iniciar oficialmente. Segundo se informa, o canal terá 102 quilômetros e terá dupla rota de navegação.