Embaixador chinês no Brasil diz que visita de Li Keqiang pode promover cooperação de investimento

BRASÍLIA,15 de maio (Diário do Povo Online) - O embaixador chinês no Brasil, Li Jinzhang, concedeu na quinta-feira passada uma entrevista ao jornal brasileiro Valor Econômico, afirmando que a visita do premiê chinês Li Keqiang ao Brasil pode aumentar a cooperação sino-brasileira na área de indústria e investimento.

Segundo Li, a visita de Li Keqiang será mais um assunto importante no intercâmbio de alto nível entre os dois páises, demonstrando que os líderes de ambos os países dão importância às relações bilaterais. “A visita vai desempenhar um papel significativo para promover a parceria estratégica global entre a China e o Brasil,” assinalou.

Durante a visita, Li Keqiang vai trocar opiniões com os líderes brasileiros sobre o aprofundamento da confiança mútua e a atualização da cooperação econômica e comercial entre a China e o Brasil, além de assinar uma série de acordos, que abrangem a política, comércio, indústria, agricultura, quarentena de produtos, finanças, minério, energia e intercâmbio humano.

Segundo o embaixador, reforçar as cooperações de capacidade industrial e de investimento será o destaque durante a visita do premiê chinês. Com muitos anos de desenvolvimento, a China já é um país industrializado, possuindo uma forte capacidade industrial. Atualmente,o país asiático, que se encontra em “nova normalidade”, necessita de tratar bem as relações entre a estabilização do crescimento e o ajuste de estrutura, para diversificar o seu desenvolvimento. Por outro lado, o Brasil, na qualidade de uma economia emergente, tem um enorme território e abundante recurso natural, e enfrenta também a missão de ajustar a estratégia econômica e atualizar a estrutura econômica.

Referindo as cooperações atuais entre a China e o Brasil, Li Jinzhang disse que desde o estabelecimento das relações diplomáticas há 40 anos, sobretudo no novo século, a cooperação sino-brasileira registou um crescimento rápido e qualificado sem precedente. “Os dois países mantêm colaborações estreitas nos mecanismos multilaterais, tais como ONU, OMC, G20 e Grupo Brics, para salvaguardar os interesses dos países em desenvolvimento”, disse

Nos últimos anos, o comércio e investimento entre as duas economias registraram um crescimento visível, afirmou Li Jinzhang, “o Brasil é a principal fonte dos produtos de açúcar, soja e minério de ferro para a China e os jatos regionais do Embraer estão entrando no mercado chinês, por outro lado, a China é o maior parceiro comercial do Brasil durante muitos anos.”

Até o fim de 2014, a China investiu cerca de 20 bilhões de dólares no Brasil, abrangendo o minério, energia, manufatura, construção infraestrutural, agricultura e alta tecnologia. Embora o investimento brasileiro na China seja pequeno, está em crescimento estável, motivado pela Vale e Embraer. Li Jinzhang disse acreditar que com o aumento das cooperações bilaterais, a China e o Brasil estão no caminho de ser uma comunidade de destino comum.