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China e Brasil devem promover intercâmbio cultural e entendimento mútuo

Fonte: Diário do Povo Online    27.04.2015 16h30

BEIJING, 27 de abr (Diário do Povo Online) – Um diálogo sobre a comunicação intercultural entre a China e o Brasil foi realizado na sexta-feira passada(24), em Beijing. O evento foi organizado pela Comunidade de Estudos Chineses e Latino Americanos e Núcleo da Cultura Brasileira da Universidade de Pequim.

Em torno do tema de “choque e adaptação cultural”, o Dr. Evandro Menezes de Carvalho, especialista brasileiro de direito e professor do Centro de Pesquisas do Brics da Universidade de Fudan, e a jovem chinesa, Wang Yili, intérprete chinês-português quem emigrou para o Brasil quando estava na escola secundária, foram convidados pelos organizadores para compartilhar com a audiência suas próprias experiências na China e no Brasil, explicando a maneira de como enfrentar o choque cultural e promover entendimentos mútuos na comunicação intercutural entre os dois países.

Quando a China se encontra com o Brasil

Tendo Trabalhado na China por mais de dois anos, o Dr. Evandro de Carvalho compartilhou com os participantes sua primeira impressão sobre a China. Ele exprimiu que os brasileiros sempre consideram a China um país distante e antigo com características culturais de budismo e taoismo. Quando conheceu pessoalmente as cidades modernas chinesas, ele descobriu que seu estilo arquitetônico, modo de vida e até o “sabor” das cidades chinesas são bem diferentes do que o das brasileiras.

Quando começou a estudar em uma escola secundária católica no Brasil, Wang Yili não falou nenhuma letra de português. Depois de se adaptar ao ambiente de estudo e ao método de ensino e aprender a língua portuguesa, ela se apaixonou pela vida no Brasil e se sentiu da hospitalidade dos amigos brasileiros. “Desde meu primeiro dia no Brasil, nunca me sinto de ser excluída”, disse ela.

Na vida de Dr. Carvalho e Wang Yili, o primeiro encontro entre o Brasil e a China não apenas os trouxe a curiosidade e excitação, mas também choque e combinação cultural.

A “abertura e tolerância” são focos da comuinicação intercutural

Em uma entrevista ao Diário do Povo Online, o Dr. Carvalho apontou que o ponto chave da comunicação cultural entre os chineses e brasileiros é a atitude de “querer gostar”, e somente com este espírito aberto e tolerante, as pessoas não se queixarão ou sentirão deprimidas quando exprimentam choque cultural, mas sim tomarão uma atitude ativa para enfrentar as diferências culturais e tentar respeitar, aceitar, até gostar das culturas diferentes.

Ele ainda sublinhou que atualmente, a comunicação intercultural entre China e Brasil deve focalizar na “contemporaneidade” e “geração nova”. “Devemos introduzir a cultura e arte chinesa ao povo brasileiro para o deixar a conhecer uma China mais moderna além dos elementos culturais tradicionais, tais como a ópera de Pequim e artes marciais e, ao mesmo tempo, devemos reforçar intercâmbios culturais entre os jovens dos dois países, pois eles têm o espírito mais aberto e querem conhecer novas culturas, por isso, é importante fortalecer conhecimentos mútuos entre eles,” acrescentou ele.

Estabeler uma ponte de intercâmbio cultural China-Brasil

Hoje em dia, a China e o Brasil são grandes países emergentes e parceiros estratégicos importantes, com intercâmbios comerciais, econômicos e cívicos frequentes. Mas por causa da distância geográfica e outras razões, os conhecimentos culturais mútuos entre os dois povos são muito limitados. Durante o diálogo, os dois convidados também falaram sobre os estereótipos e preconceitos existentes entre os dois povos, como por exemplo, para os brasileiros, os chineses são tradicionais e conservadores, enquanto mencionado o Brasil, os chineses se lembram somente o “futebol”, “samba” e “carnaval”.

Por este motivo, Wang Yili tem se dedicado na promoção de intercâmbios culturais entre a China e o Brasil nos últimos anos, trabalhando como intérprete chinês-português, correspondente da Televisão Central da China (CCTV, na sigla em inglês) no Rio de Janeiro, autora dos livros de ensino de chinês, e atriz em um filme brasileiro sobre imigrantes chineses. Ela sempre considera que é necessária reforçar o laço cultural entre os dois países, e queria continuar esta carreira de que gosta. Agora, Wang Yili e sua mãe estabeleceram o centro de intercâmbio cultural Brasil-China “Oi China” no Brasil. Como uma chinesa que adora o Brasil, tem responsabilidades de divulgar a cultura da sua pátria ao Brasil e deixar mais amigos brasileiros a se apaixonarem pela China e cultura chinesa, disse ela.

O Dr. Carvalho também indicou que atualmente, a China e o Brasil já estabeleceram a ponte material de intercâmbio comercial e econômico e agora precisam de fundar uma ponte espiritual de intercâmbio cultural para ajudar os dois povos a superarem a distância geográfica e aprofundarem entendimentos mútuos. 

(Editor:Alexandra Chen,鲁扬)

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