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Equipamentos militares da China são louvados no Brasil

Fonte: Diário do Povo Online    20.04.2015 16h19

RIO DE JANEIRO, 20 de abr (Diário do Povo) - Foi encerrada na sexta-feira passada(17), no Centro de Exposições do Rio de Janeiro, a Exposição Latino Americana de Espaço e Defesa (LAAD). Nos últimos dias, as áreas da “defesa chinesa” têm atraido atenção de numerosos visitantes e os equipamentos militares chineses têm sido bem acolhidos pelos expositores e representantes dos governos dos países latino-americanos.

Equipamentos militares “made in China” são populares

O mercado de produtos militares da América Latina registrou uma concorrência intensa nos últimos anos. Na LAAD deste ano, os países ocidentais exibiram diversos equipamentos militares na LAAD, incluindo armas antiaéreas e anti-terrorismo.

Nesta edição da LAAD, os produtos militares chineses foram bem acolhidos pelos países latino- americanos. O coronel do Ministério de Defesa do Brasil, Monteiro de Castro, elogiou os produtos militares chineses. “Os produtos militares da China já atraíram atenção no Brasil e visitei os estandes chinesas todos os anos. Embora os produtos sejam familiares, a qualidade e tecnologia ficam cada dia mais avançadas. Sem dúvida, algumas tecnologias de equipamentos da China atingiram o nível mais alto do mundo”, disse o coronel.  

Um comerciante de armas chileno afirmou que a tecnologia e qualidade dos produtos militares chineses estão melhorando e a tecnologia dos equipamentos e capacidade de produção da China também mostraram o poder. “A qualidade dos equipamentos chineses é excelente e vejo com bons olhos o futuro da cooperação de equipamentos de defesa entre a China e a América Latina”, disse ele.  

A localização é tendência geral da indústria militar chinesa

Foi a terceira participação chinesa na LAAD. Com as experiências acumuladas nos dois eventos anteriores, as empresas chinesas conhecem melhor o mercado latino-americano de equipamentos militares. Para os expositores chineses, a localização é uma tendência geral para as empresas chinesas de indústria militar entrarem na América Latina. 

O gerente adjunto da Poly Technology Co., Ltd., Yu Fuzhen, afirmou que há oportunidades para os produtos militares chineses na Amércia Latina, mas por causa da longa distância entre as duas partes, o transporte dos equipamentos e armas da China à América Latina leva muito tempo e custa mais dinheiro, o que não favorece a cooperação militar entre a China e os países latino-americanos. Para conquistar o mercado latino-americano, as empresas chinesas precisam de prestar mais atenção à localização, além de melhorar a qualidade dos equipamentos e armas e oferecer bons serviços pós-venda, acrescentou Yu. 

Ele revelou que atualmente, sua companhia já entregou veículos militares e ponte flutuantes ao Equador. Para Yu, a China deve construir bases de produção na Amércia Latina para fabricar produtos militares e entregá-los no local, de forma a reduzir o tempo de transporte e aperfeiçoar os serviços pós-venda.

China pode satisfazer a demanda da indústria militar latino-americana

Nos últimos anos, a demanda de defesa nacional dos países latino-americanos está crescendo, o que se trata de uma oportunidade e desafio para a indústria militar chinesa, que já abriu a porta ao mercado latino-americano.

Li Lu, gerente de projeto do departamento de produtos militares da CSOC (China Shipbuilding & Offshore International Co Ltd), assinalou que sua empresa exibiu 64 produtos nesta edição da LAAD, tais como navios, sistemas de armamento a bordo e armas submarinas, além de modelo do porta-aviãoes “Liaoning” e da fragata de 3500 toneladas, entre outros. Ele disse que esses produtos podem satisfazer a demanda de defesa nacional dos países latino-americanos. 

O diretor do Departamento Aeroespacial do Instituto de Ciências de Foguetes Portadores da China, Li Tongyu, afirmou que a demanda dos satélites pela região latina-americana está aumentando e vários países exploraram recursos naturais por meio de satélites. Ele disse que o instituto já realizou cooperações com o Brasil e Venezuela e esta vez, mostrou, pela primeira vez, o fogute portador de nova geração, atraindo atenção dos países latino-americanos.

Segundo ele, o Brasil é um início para entrar no mercado latino-americano de lançamento comercial e, com a excelente localização geográfica da América Latina, os satélites lançados pela China passarão pelo espaço sobre a América do Sul, por isso, a China e a América Latina têm complementaridade especial na área aeroespacial e a cooperação entre as duas partes terá um futuro promissor, acrescentou Li. 

(Editor:Alexandra Chen,editor)

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