Bo’ao, 27 de mar (Diário do Povo) - O diretor do Centro de Estudos Chineses da Universidade de Sydney, Kerry Brown, afirmou na sexta-feira (27) que a Austrália deveria declarar mais cedo a sua aderência no Banco Asitático de Investimento em Infraestrutura(BAII) porque é um assunto favorável à cooperação asiática.
Ele fez tal comentário em uma entrevista com o Diário do Povo no Fórum de Bo’ao, realizada na província chinesa de Hainan. Brown criticou os Estados Unidos por desempenhar um papel negativo na integração da Austrália no BAII, “Sinto que existem dois Estados Unidos contraditórios, um apelou à China a assumir mais responsabilidades nos assuntos internacionais, mas o outro queria garantir que as ações da China sejam feitas conforme as intenções dos EUA,” afirmou o professor.
“Através disso, precisamos de entender que não devemos depender excessivamente nos Estados Unidos no sentido de pensamento. A posição de liderança dos Estados Unidos em diversos setores não significa que os pensamentos mais profundos estão nesse país. Hoje em dia, os pensamentos mais profundos podem ficar na Ásia, África ou América Latina. O que as pessoas precisam realmente é um ambiente de pensamento diversificado. Além disso, os modelos econômico e político também devem manter sua diversificação”, afirmou o professor.
Em relação ao desenvolvimento socioeconômico da China nos últimos anos, Brown acrescentou que a China está na fase de transformação e a criação de um modelo de desenvolvimento mais maduro e sustentável é uma das tarefas mais importantes para o país. Ele apontou que a subida da proporção da indústria terciária na economia chinesa é um sinal positivo.
Brown enfatizou que com as medidas de reforma adotadas pelo governo chinês, o povo se sente que o seu governo tem objetivos claros e se dedica a resolver problemas práticos. A confiança do povo é bem importante para o governo chinês que tem uma meta ambiciosa, disse Brown, “Tenho uma atitude otimista sobre essa questão. Por exemplo, no setor da proteção ambiental, com os consensos, políticas e execuções reforcadas, a solução final pode ter um ritmo acelerado.”