A redução da intensidade energética foi considerada uma das principais metas de desenvolvimento no relatório sobre trabalho do governo apresentado pelo primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, na quinta-feira.
Em comparação com os anteriores relatórios de trabalho do governo, o de quinta-feira listou o índice, estreitamente relacionado à emissão de carbono e controle de poluição, junto com o crescimento de produto interno bruto (PIB), taxa de desemprego e índice de preço ao consumidor (IPC).
As principais metas de desenvolvimento no relatório de trabalho do governo nunca abrangiam um índice de meio ambiente, pelo menos na última década.
O governo chinês planeja reduzir a intensidade energética, a energia consumida por unidade do produto interno bruto (PIB), em 3,1% em 2015, inferior à meta de 3,9% estabelecida em 2014.
Embora os relatórios anteriores estabelecessem a meta de intensidade energética, nunca foi colocada em um lugar prioritário no relatório.
O primeiro-ministro também garantiu que continuará a reduzir a emissão dos principais contaminantes.
Este ano, a China cortará a intensidade de dióxido de carbono em pelo menos 3,1%, reduzirá a demandas de oxigênio químico e emissões de nitrogênio de amônia em cerca de 2% e reduzirá as emissões de dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio em quase 3% e 5%, respectivamente.
Os cientistas ambientais há muito tempo sugerem que a baixa eficiência de uso de energia tenha ligações estreitas com o smog que repetidamente preocupa as grandes cidades chinesas, inclusive a capital.
Zhang Xiaoye, diretor de um comitê de composição atmosférica da Sociedade Meteorológica da China, disse em um seminário realizado em dezembro do ano passado que o uso excessivo de "energia suja", como carvão, é o causador real da fumaça recorrente.
Apenas oito das 74 grandes cidades chinesas sujeitas à monitoração de qualidade de PM2,5 atendeu o padrão nacional do ar limpo em 2014, de acordo com o Ministério da Proteção Ambiental.