Médicos do centro de serviços de saúde comunitários oferecem exames de saúde gratuitos para moradores do distrito de Luyang, Hefei, província de Anhui, na terça-feira. Eles realizam exames de saúde, acompanham doenças crônicas, oferecem orientação sobre reabilitação e promovem conhecimento sobre saúde e planos de saúde para os cidadãos cadastrados. [Foto: Zhao Ming, China Daily]
A China planeja ampliar o acesso conveniente a medicamentos usados no tratamento de doenças crônicas e fortalecer os serviços de saúde porta a porta para idosos por meio de seus sistemas de serviços contratuais de médicos de família, de acordo com um comunicado divulgado esta semana.
Os médicos de família na China incluem clínicos gerais de instituições médicas de base, médicos rurais qualificados e médicos aposentados de hospitais públicos.
Desde 2016, o país conta com um sistema no qual médicos de família assinam contratos com os moradores e fornecem serviços de saúde básicos e personalizados. O sistema foi criado para reduzir a dependência de hospitais grandes e superlotados e atender melhor a população idosa, afetada por um número crescente de doenças crônicas.
Na terça-feira, a Comissão Nacional de Saúde e cinco outros departamentos governamentais divulgaram um aviso solicitando melhorias adicionais na qualidade e acessibilidade dos serviços contratados por médicos de família.
De acordo com o aviso, os médicos de família são incentivados a fornecer serviços de prescrição com duração de quatro a 12 semanas para pacientes com doenças crônicas em grupos-chave e monitorar sua medicação. Esses grupos incluem idosos, gestantes, crianças, pessoas com deficiência e utentes diagnosticados com hipertensão, diabetes, tuberculose e outras doenças crônicas ou transtornos mentais graves.
Os farmacêuticos em instituições de atenção primária à saúde também são incentivados a fornecer atendimento farmacêutico domiciliar e serviços de entrega de medicamentos aos pacientes contratados.
Os médicos de família devem emitir relatórios anuais de avaliação de saúde para os grupos-chave e oferecer visitas domiciliares ou serviços de acompanhamento presencial para pacientes contratados com 80 anos ou mais, com foco na realização de avaliações de saúde e orientação sobre o uso de medicamentos.
"Para pacientes idosos com mobilidade reduzida ou demência, os médicos de família são incentivados a prestar serviços com mais frequência e a explorar maneiras de fornecer avaliações de longo prazo ou serviços de enfermagem, expandindo, assim, a gama de serviços contratados", afirmou.
O aviso também solicita os médicos de família que enviem pelo menos 12 mensagens sobre saúde por ano e ofereçam conteúdo educacional personalizado abrangendo assuntos como exercícios e dieta, cessação do tabagismo e a necessidade de reduzir o consumo de óleo, sal e açúcar.
O aviso exige que os principais hospitais organizem adequadamente a transferência de pacientes inicialmente atendidos por médicos de família e reservem um determinado número de vagas para consultas ambulatoriais, incluindo vagas para consultas com especialistas seniores e leitos hospitalares para residentes contratados, acrescentou.
O país pretende aumentar a taxa de cobertura dos serviços contratados por médicos de família em 1 a 3 pontos percentuais a cada ano, para 75% até 2035. A taxa de cobertura entre as populações-chave deve chegar a 85%.
Shen Jin, um aposentado de 67 anos de Nanjing, província de Jiangsu, disse que seu médico de família o ajudou a evitar a compra de dispositivos de promoção da saúde defeituosos e a manter um estilo de vida saudável.
"Meu médico contratado elaborou um plano personalizado para me ajudar na perda de peso, oferecendo orientações sobre dieta, exercícios e intervenções de medicina tradicional chinesa, além de me lembrar de verificar e postar atualizações online todos os dias", disse ele. "Até agora, perdi 15 quilos", afirmou.
