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Embaixadora moçambicana destaca 50 anos de amizade sólida entre Moçambique e China

Fonte: Diário do Povo Online    27.06.2025 10h54

Uma recepção em comemoração do 50º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre a China e Moçambique, bem como do 50º aniversário da independência de Moçambique foi realizada na quarta-feira (25), em Beijing.

O evento foi co-organizado pela Associação do Povo Chinês para a Amizade com Países Estrangeiros e a Embaixada de Moçambique na China, contando com a participação de cerca de 300 convidados chineses e estrangeiros, incluindo representantes do Departamento Internacional do Comitê Central do Partido Comunista e do Ministério das Relações Exteriores da China, diplomatas de vários países e funcionários da embaixada moçambicana na China.

Durante a recepção, a embaixadora de Moçambique na China, Maria Gustava, concedeu uma entrevista ao Diário do Povo Online, na qual destacou os laços históricos e fraternos entre os dois países.

“Nós temos uma amizade profunda, uma amizade de irmandade, uma amizade de quase família”, afirmou Gustava. “Estamos juntos desde o tempo da luta pela libertação nacional. É razão pela qual, no dia da independência de Moçambique, a China reconheceu Moçambique e estabeleceu as relações diplomáticas. E, nos últimos 50 anos, Moçambique tem estado com a China lado a lado, nos bons e maus momentos”.

No âmbito do Fórum de Cooperação China-África e na Iniciativa Cinturão e Rota, os dois países têm realizado numerosos projetos de cooperação nos setores da agricultura, energia e construção de infraestruturas. A embaixadora ressaltou que os projetos não apenas transformaram a vida do povo moçambicano, como também promoveram o conhecimento mútuo e a transferência de tecnologia entre a China e Moçambique.

A embaixadora destacou também a importância das novas medidas anunciadas no Fórum de Cooperação China-África (FOCAC) em 2024, especialmente a política de tarifa zero para 100% dos produtos incluídos provenientes de 53 países africanos com os quais a China mantém relações diplomáticas, afirmando que a decisão abre novas perspectivas para a exportação de produtos moçambicanos para a China.

Ao projetar o futuro das relações entre Moçambique e a China, Maria Gustava defendeu a ampliação e o aprofundamento das relações em todas as frentes: “Nós temos que aprofundar ainda mais em termos de investimentos, comércio, relações políticas e irmandade e relações sociais. Moçambique está aberto para trabalhar com a China para que haja mais interligação e que estejamos juntos”.

Por fim, sublinhou a convergência de valores entre os dois países: “Defendemos os mesmos princípios para um mundo justo, de paz e de prosperidade. Temos que trabalhar juntos para esse mundo”.

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