"Sobrecapacidade" ou "sobreansiedade"?
A capacidade de produção dos diferentes países é determinada pelas respetivas vantagens comparativas. A capacidade de produção de alta qualidade da China impulsiona a procura de novas energias em vários países e promove o crescimento econômico mundial.
Em 2023, os "três novos itens para exportação" da China, designadamente: veículos eléctricos, baterias de iões de lítio e células solares, exportaram um total de 1,06 trilhão de yuans, ultrapassando, pela primeira vez, a marca de um trilhão de yuans - um aumento anual de 29,9%, o que comprova plenamente a dinâmica de exportação da China.
A capacidade internacional de produção verde enfrenta um “excedente”?
Atualmente, numa perspectiva global, não existe um excedente de capacidade de produção verde, mas sim uma grave escassez.
A Agência Internacional de Energia divulgou recentemente um relatório, prevendo que a energia renovável global dará início a um período de rápido crescimento nos próximos cinco anos. O relatório demonstra que, em 2023, a nova capacidade instalada global de energia renovável aumentará 50% em comparação com o ano anterior, com a nova capacidade instalada atingindo 510 GW. O relatório assume que, sob as políticas e condições de mercado existentes, a capacidade instalada global de energia renovável deverá atingir 7.300 GW entre 2023 e 2028.
De acordo com estimativas da Agência Internacional de Energia, a procura global de veículos de novas energias atingirá 45 milhões de unidades em 2030, mais de quatro vezes a cifra registrada em 2022.
Existe realmente um fenômeno de “sobrecapacidade” na China?
Dados do Departamento Nacional de Estatísticas da China revelam que, durante todo o ano de 2023, a taxa de utilização da capacidade industrial nacional acima do tamanho designado foi de 75,1%.
De janeiro a fevereiro de 2024, os lucros das empresas industriais acima do tamanho designado em todo o país aumentaram 10,2%.
Em março de 2024, o índice de estoque de produtos industriais acabados da China foi 48,9%.
De onde advém a vantagem competitiva do “Made in China”?
O sucesso de vendas "Made in China" em todo o mundo é o resultado da entrada em vigor da lei da economia de mercado. As empresas chinesas dependem de inovação tecnológica contínua, de um sistema completo de produção e cadeias de abastecimento e de concorrência suficientes para se desenvolverem rapidamente.
De 2011 a 2020, o número total de pedidos de patentes de invenções de tecnologia ambiental da China aproximou-se de 60% do total mundial, tornando a China o país mais ativo do mundo no desenvolvimento de inovação tecnológica ambiental.
Uma análise da Bloomberg revela que, no domínio dos veículos elétricos, as taxas de utilização da capacidade da maioria dos principais exportadores de automóveis da China estão em níveis normais reconhecidos internacionalmente. A indústria de veículos elétricos da China é mais eficiente que a "sobrecapacidade".
Exportações equivale a “sobrecapacidade”?
A "teoria da sobrecapacidade da China" viola o princípio da vantagem comparativa na economia e o princípio da concorrência leal da Organização Mundial do Comércio. No contexto da globalização econômica, tanto a oferta como a procura são globais. Se os países produzissem apenas para satisfazer a demanda do mercado interno, não haveria comércio transfronteiriço.
A China importa anualmente uma grande quantidade de chips, aviões, soja, petróleo bruto e outras mercadorias. Incorrerão os países exportadores destas mercadorias em sobrecapacidade? Os chips, produtos agrícolas, gás natural liquefeito e outros produtos dos EUA são exportados para o mercado mundial em grandes quantidades. De acordo com esta lógica, deveriam todos ser classificados como “sobrecapacidade”?
