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Brasil reafirma importância da cooperação entre BRICS após reunião de chanceleres

Fonte: Xinhua    20.05.2022 13h32

O Ministério das Relações Exteriores brasileiro reafirmou nesta quinta-feira, após a reunião de chanceleres do grupo BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - a importância que o país sul-americano dá à cooperação entre os membros do grupo nas mais diversas áreas.

O encontro, realizado de forma virtual, discutiu o documento "Fortalecimento da solidariedade e da cooperação entre os BRICS, em resposta às novas realidades e desafios da situação internacional".

Na primeira parte da reunião, participaram apenas os ministros das Relações Exteriores dos países membros do BRICS e, em uma segunda parte, também estiveram presentes chanceleres dos países convidados pela presidência rotativa chinesa.

Em nota à imprensa, o Palácio do Itamaraty, a chancelaria brasileira, destacou as áreas mais importantes da cooperação entre os integrantes do BRICS.

"O Brasil destacou a importância que concede à cooperação entre os países do grupo em âmbitos como a economia e as finanças, que se traduziu na criação do Novo Banco de Desenvolvimento, assim como em outras áreas promissoras, como o comércio, a saúde e as vacinas, a luta contra o terrorismo e os crimes transnacionais e a ciência, a tecnologia e a inovação", afirma o comunicado.

No segmento interno do BRICS da reunião, os ministros das Relações Exteriores expressaram sua preocupação com a recuperação econômica e a estabilidade internacional.

"Destacaram os efeitos adversos da interrupção das cadeias produtivas e as graves ameaças à segurança alimentar e energética e aos objetivos do desenvolvimento sustentável", ressaltou a nota brasileira.

Os ministros abordaram a situação na Ucrânia e expressaram suas posições nacionais, defendidas nos fóruns pertinentes, como a Assembleia Geral e o Conselho de Segurança da ONU.

"O Brasil defendeu a solução pacífica e negociada do conflito, pediu a busca urgente de uma solução para a crise humanitária e enfatizou a necessidade de se respeitar o direito internacional e os princípios da Carta da ONU", relatou o Itamaraty.

Participaram da segunda parte do encontro, na qualidade de convidados, os chanceleres de Arabia Saudita, Argentina, Cazaquistão, Egito, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Nigeria, Senegal e Tailândia, com o objetivo de "ampliar o diálogo com outros países e demonstrar a vocação do grupo de reforçar o papel das economias emergentes na governança mundial".

Em uma declaração de 25 pontos divulgada ao final do encontro, os chanceleres do BRICS manifestaram seu acordo em diversos aspectos das relações entre os membros e sobre a situação internacional.

O documento ressalta o acordo mútuo entre o BRICS para, frente aos novos desafios e características emergentes, "aumentar sua solidariedade e cooperação e trabalhar juntos para enfrentá-los ".

Os chanceleres ratificaram seu apoio à presidência da China no BRICS 2022 sob o tema "Promover uma associação de alta qualidade com o BRICS; inaugurar uma nova era para o desenvolvimento mundial".

Além disso, disseram estar plenamente comprometidos em trabalhar juntos para garantir o êxito da 14ª Cúpula dos BRICS deste ano.

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