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Expatriados em Xi'an continuam otimistas em meio a um surto de Covid-19

Fonte: Diário do Povo Online    05.01.2022 09h37

Sandrine, uma cidadã francesa que mora em Xi'an, cidade emblemática do noroeste da China, decidiu entrar em 2022 de uma forma ligeiramente diferente - voluntariando-se no controle de epidemias e no trabalho de prevenção da cidade.

A cidade está atualmente lutando contra o ressurgimento da Covid-19, com mais de 1.700 casos relatados desde 9 de dezembro de 2021, tendo as autoridades tomado medidas rígidas para conter a disseminação do vírus.

Todos na megacidade de 13 milhões de pessoas - nativos, migrantes e expatriados - uniram esforços para superar as dificuldades.

Sandrine mora em Xi'an há quase uma década e é mais conhecida pelo seu nome chinês, "Wu Hong".

Antes do anoitecer, ela chegou a um local de teste de ácido nucleico na Universidade Politécnica do Noroeste (NPU, na sigla inglesa), vestiu roupas protetoras, máscara e óculos e começou o seu trabalho.

Desde o ressurgimento da epidemia, mais de 5.000 locais de teste de ácido nucleico foram instalados em toda a cidade, com mais de 100.000 médicos, funcionários comunitários e voluntários.

"Temos que trabalhar juntos para controlar a epidemia", disse Sandrine, que ensina cálculo e outras disciplinas relacionadas à matemática na NPU.

“Como parte da comunidade escolar, sinto-me na obrigação de me juntar à luta”, acrescentou.

Embora o campus esteja encerrado, a vida de Sandrine continua igual - a única exceção é que as aulas passaram a ser administradas online.

A universidade começou a recrutar voluntários em 29 de dezembro, com as tarefas de escanear códigos QR, verificar informações, manusear tubos de ensaio, entre outros.

"Minha família não está preocupada com minha segurança em Xi'an, pois eles sabem que a China fez um bom trabalho no combate à pandemia", disse.

Dev Raturi, um indiano de 45 anos, está na China há 17 anos. Em 2012, abriu seu primeiro restaurante em Xi'an.

Desde 23 de dezembro de 2021, complexos residenciais estão bloqueados, mas Raturi vê o lado positivo, pois isso veio permitir passar mais tempo em casa.

"Este é o melhor momento para estudar, fazer exercício e me divertir com minha família", afirma.

Embora estejam confinados em ambientes fechados durante este período, suas vidas não foram muito afetadas.

"Temos que fazer testes de ácido nucleico quase diariamente para que possamos saber sobre nossas condições de saúde", disse Raturi, acrescentando que os funcionários da comunidade são responsáveis pela entrega de alimentos e outros itens essenciais.

Raturi é dono de cinco restaurantes em Xi'an e todos eles foram temporariamente fechados. “É uma perda grande, mas curta. Se a epidemia não for controlada, será uma perda de longo prazo e teremos que fechar os restaurantes para sempre”, disse.

Kwon Min Ho, da República da Coreia, está visivelmente impressionado com o papel que a medicina tradicional chinesa (TCM) desempenha no combate à epidemia.

Estudante na Universidade de Medicina Chinesa de Shaanxi, Kwon, de 27 anos, percebeu os efeitos terapêuticos da MTC no início de 2020, depois da ajuda fornecida aos pacientes com Covid-19.

"Além do tratamento, a MTC também pode aumentar a imunidade em pessoas suscetíveis e ajudar na prevenção de doenças", disse Kwon.

Sua universidade está atualmente encerrada e as aulas passaram a ser on-line. A escola distribuiu materiais de prevenção de epidemias aos alunos. 

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