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China amplia importação de produtos de luxo para impulsionar atualização do consumo

Fonte: Diário do Povo Online    17.08.2021 14h40

Luo Shanshan, Diário do Povo

Clientes compram produtos cosméticos duty-free em uma loja em Haikou, província de Hainan, no sul da China, em 20 de abril de 2021. Kang Denglin / Diário do Povo Online

Durante o primeiro semestre do ano, a quantidade de mercadorias importadas pela China aumentou 16 por cento, e o valor das importações de bolsas, malas, joias e relógios dobrou em comparação com o mesmo período de 2020, de acordo com dados da Administração Geral das Alfândegas da China.

A constante recuperação do mercado chinês tem impulsionado o aumento das importações de bens de consumo. As vendas no varejo de bens de consumo na China totalizaram 21,2 trilhões de yuans (US $ 3,27 trilhões) durante os primeiros seis meses do ano, o que representou um aumento anual de 23 por cento e um crescimento médio de 4,4 por cento em dois anos.

Os canais online e offline para que produtos importados entrem no mercado chinês têm sido continuamente ampliados, conforme refletido nas importações de comércio eletrônico da China, que avançaram à medida que o comércio eletrônico transfronteiriço vem ganhando impulso.

Os dados demonstram que as importações de comércio eletrônico transfronteiriço do país atingiram 283,1 bilhões de yuans de janeiro a junho, aumentando 4,6 por cento em termos anuais.

A alta qualidade se tornou a característica mais importante das importações. As categorias de produtos importados são cada vez mais amplas, incluindo cosméticos, saúde, maternidade e cuidados com o bebê, entre outras, atraindo mais atenção por parte dos consumidores chineses.

O aumento dos bens de consumo importados mostra a liberação do potencial do mercado chinês e representa o corolário da atualização do consumo, segundo Dong Chao, chefe do instituto de Circulação e Consumo da Academia Chinesa de Comércio Internacional e Cooperação Econômica.

Observando que os consumidores chineses estão apelando a uma maior demanda por produtos personalizados, diversificados e de médio a alto padrão com desenvolvimento econômico e crescimento da renda, Dong acredita que o aumento das importações de bens de consumo de alta qualidade pode otimizar a estrutura de abastecimento do mercado, melhorar a qualidade dos suprimentos e fazer o sistema de abastecimento atender às demandas domésticas e necessidades crescentes das pessoas por uma vida melhor.

Desde que uma nova política de duty-free foi lançada na província insular de Hainan, no sul da China, em 1º de julho de 2020, as vendas duty-free supervisionadas pela alfândega na província atingiram os 46,8 bilhões de yuans em 30 de junho deste ano, um aumento anual de 226%. O número de turistas fazendo compras em Hainan durante este período atingiu 6,28 milhões - um aumento anual de 102%. Eles compraram um total de 60,72 milhões de itens de mercadorias, marcando um crescimento de 211% em relação ao ano anterior.

Este ano, a China tem feito esforços contínuos para estabelecer plataformas de comércio e exposições internacionais, incluindo a primeira Expo Internacional de Produtos de Consumo da China, realizada em maio, e a segunda China-CEEC Expo & Feira Internacional de Bens de Consumo em junho, facilitando a comunicação entre vendedores e compradores domésticos e no exterior e o enriquecimento de suprimentos para o mercado interno.

A China dará início à quarta Feira Internacional de Importação da China (CIIE) em 5 de novembro. Em 27 de julho, 284 empresas na lista Fortune Global 500 e empresas líderes do setor haviam se inscrito para a quarta CIIE, superando as sessões anteriores. A área de exposição planejada das empresas atingiu 360.000 metros quadrados. Mais de 50 países confirmaram sua participação na CIIE este ano.

A CIIE se tornou um atalho para produtos estrangeiros entrarem no mercado chinês. Desde a terceira sessão da exposição, Shanghai, cidade anfitriã do evento, montou 56 plataformas permanentes de exibição e negociação, apresentando cerca de 180.000 tipos de produtos, no valor de 146,47 bilhões de yuans de 1.390 expositores na CIIE.

Além de estabelecer plataformas de comércio e exposições internacionais, a China também aprimorou políticas relevantes na tentativa de garantir o desenvolvimento saudável das importações de forma abrangente e facilitar as importações de bens de consumo de alta qualidade.

Nos últimos anos, a China reduziu frequentemente as taxas de importação, especialmente de bens de consumo, para os quais a demanda do povo chinês não pode ser atendida pelo abastecimento doméstico. O país reduziu seu nível tarifário geral para menos de 7,5%, face aos anteriores 9,8% em 2017.

Para promover a facilitação do comércio, a China acelerou a construção de seu sistema de janela única de comércio internacional, um sistema que visa obter um desembaraço aduaneiro em um único local. O país realizou a conexão sistemática e compartilhamento de dados entre o sistema de janela única e 25 departamentos governamentais, promoveu o desembaraço aduaneiro eletrônico e sem papel nos portos, acelerou a construção de portos inteligentes e melhorou a eficiência do desembaraço aduaneiro.

Enquanto isso, a China reduziu a quanidade de documentos regulatórios necessários para a verificação de importações e exportações em 52,3%, para 41 tipos, de 86 tipos em 2018.

Em conformidade com a tendência de atualização do consumo, o país otimizou continuamente a lista de importações de varejo de comércio eletrônico transfronteiriço.

As importações de varejo do comércio eletrônico transfronteiriço da China são gerenciadas por meio de uma lista positiva, disse Ren Hongbin, ministro assistente do comércio, acrescentando que o Ministério das Finanças da China ajustou a lista duas vezes junto com outros departamentos governamentais, e que o número de categorias de commodities na lista ultrapassaram as 1.400. O país vai melhorar ainda mais a lista para melhor atender às demandas dos consumidores chineses, observou Ren.

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