Na noite do dia 21 de março, Morgan Ortagus, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA acusou no Twitter a China de “opacidade” na revelação ao mundo do início do surto do Covid-19, apelando ao “escrutínio” dos acontecimentos associados à pandemia. Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China ripostou dizendo que “mentiras e calúnia não fazem dos EUA grandes. Face a uma epidemia global, a atitude certa a tomar é colocar a saúde pública acima da política”.

 Hua citou a OMS no seu tweet, dizendo que a China confirmou em um curto espaço de tempo a existência do novo coronavírus e partilhou os dados genéticos deste com o mundo, ajudando outros países a combater a doença. No final do tweet, ela deixou a pergunta a Morgan: “A Comissão de Saúde de Wuhan emitiu um aviso a 31 de dezembro do ano passado, mas não sabia?”, “Antes de falar, por favor tente compreender a situação”.

No dia 19 de março, a porta-voz chinesa voltou a escrever: “Desde 3 de janeiro que a China tem vindo a facultar aos EUA as mais recentes informações e medidas de combate ao novo coronavírus. No dia 15 de janeiro, o Departamento de Estado dos EUA notificou também os seus compatriotas na China sobre o vírus. Agora culpam a China de atraso na divulgação? A sério?”.

A 31 de dezembro do ano passado, a Comissão Municipal de Saúde de Wuhan emitiu um comunicado dizendo que algumas instituições médicas haviam detetado um elevado número de casos de pneumonia associados com um mercado de marisco de Wuhan. Na mesma data o relatório referiu que a deteção e investigação do patógeno estavam ainda decorrendo.