Porque não há favelas na China

Fonte: Diário do Povo Online    21.11.2019 13h59

Por Xia Xiaolun, Sun Hongli e Xu Weina

O que são favelas? Geralmente, as favelas se referem à moradias em condições precárias, de ambientes insalubres, altos índices de criminalidade e abrigos para pessoas pobres, predominantes no consumidoras de drogas.

As favelas são um fenômeno exclusivo que surgiu no processo de rápida urbanização em alguns países em desenvolvimento e até países desenvolvidos após a década de 1950. Nos últimos 70 anos desde a fundação da Nova China, embora a China tenha experimentado uma urbanização rápida, o fenômeno das favelas nunca apareceu.

Quando dizemos que não há favelas na China, algumas pessoas podem pergutar:”as aldeias urbanas, como áreas típicas onde moram concentradamente os residentes com renda média e baixa nas cidades da China, não são favelas?”

Podemos analisar a questão pelos seguintes aspectos:

Do ponto de vista da causa de formação, em alguns países em desenvolvimento até países desenvolvidos, uma grande parte da população rural mudou-se para as cidades e construiu ilegalmente muitas casas próprias. No entanto, as cidades não conseguiram acomodar o influxo de tantas pessoas, a urbanização súbita e desindustrialização levaram à formação de favelas.

Na China, as aldeias urbanas eram originalmente aldeias suburbanas sob a propriedade coletiva das terras rurais e foram incluídas nas cidades devido à expansão urbana. Li Tie, economista-chefe do Centro de Reforma e Desenvolvimento de Cidades e Pequenas aldeias da China, explicou que como a expansão contínua das cidades, a transformação de terras coletivas rurais em terras urbanas tornou-se o único caminho para a expansão urbana. Depois que as terras agrícolas foram cobradas, as propriedades rurais restantes se tornam aldeias urbanas cercadas pelas cidades.

Do ponto de visa das condições de vida, as favelas estão lotadas, sujas e pobres. Aliás, carecem de sistema organizacional de base formal, e o governo é negligente ou até mesmo disposto a gerenciá-las, tornando as favelas um terreno fértil para atividades ilegais e criminais.

As aldeias urbanas da China possuem direitos de propriedade claros e são propriedades livres dos camponeses, por isso, a segurança e a legitimidade das casas serão garantidas. Comparado com os departamentos governamentais estrangeiros, os governos de todos os níveis da China têm-se esforçado para melhorar o ambiente de vida das aldeias urbanas.

Quanto à escala e deslocação da população, “na China, as aldeias urbanas se espalham fragmentadas”. Segundo Li Tie, divididos em aldeias, os membros de grupos coletivos ou esses grupos administram-nas em conjunto, dado restrições à sua expansão, para não terem formado zonas consecutivas em grande escala como favelas.

“Existem grande desemprego e extrema pobreza nas favelas em alguns países em desenvolvimento, até os desenvolvidos, no entanto, isso raramente acontece na China, pois a deslocação da China é orientada pelo emprego”, apontou Li Tie.

Na tendência de desenvolvimento, com a constante transformação urbana, as aldeias urbanas já têm se integrado gradualmente no progresso de urbanização, e o meio ambiente foi melhorado bastante. As aldeias em declínio no passado já se transformaram em cidades habitáveis.

“Agora, as aleias urbanas realmente são cidades. Elas estendem cada vez mais para fora, assim, a população vai expandindo. Portanto, com a transformação e as demolições urbanas, não será possível que hajam favelas”, disse Li Tie.

A urbanização da China por 70 anos, desde a fundação da República Popular da China, representa sua maior escala e velocidade. As estatísticas demonstram que a taxa de urbanização dos residentes atingiu 59,58%, com um ascensão de 48,94%, comparando com o fim de 1949 e o aumento anual de 0,71%.

Em comparação à situação internacional, a China está na última fase da urbanização acelarada. Há um grande número de imigrantes provenientes das zonas rurais, que vivem nas condições da vida precárias, e se deslocam para as cidades para trabalhar.

A transformação dos arredores é uma política muito importante de renovação urbana ou de habitação da China. Além disso, o governo atribui muita importância à disponibilidade de moradia das famílias de renda média e baixa, construindo um grande número de residências arrendadas destinadas aos trabalhadores imigrados.

Desde a fundação da Nova China, tem se apofundado a reforma na política e no projeto subsidiados de habitação. Tendo sido construído um total de 80 milhões de residências subsidiadas, de maior escala do mundo, cerca de 200 milhões de pessoas foram beneficiadas, revelou Wang Meng, ministro de Habitação e Desenvolvimento Urbano-Rural, no dia 26 de setembro deste ano.

Durante os 70 anos de jornada, o povo chinês se torna o dono do país, a economia chinesa representa um crescimento com alto velocidade, e acontecem mudanças impressionantes em vários aspetos do nosso cotidiano. Em resumo, podemos dizer que na China nunca houve e nunca haverá favelas. 

(Web editor: Fátima Fu, editor)

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