BEIJING, 7 de jan (Diário do Povo Online) - O Museu do Palácio, em Beijing, suspendeu a produção de cosméticos, incluindo batons, sombra, e carmim, no sábado, citando preocupações relativas à qualidade, após o lançamento destes produtos no Taobao, o maior portal de comércio eletrônico do país, no dia 11 de dezembro.
A loja do museu no Taobao referiu no seu micro blog que o feedback revela que o batom “não é suave o suficiente”, e que a cor “poderia ser melhorada”. As partículas da sombra de olhos não eram suficientemente finas e o carmim azul claro aparentemente “não é prático”.
A loja anunciou que irá continuar a trabalhar nos produtos, no sentido de melhorar a sua oferta.
O post acrescenta que a interrupção na produção não irá afetar as pré-vendas, e que as entregas serão efetuadas após o Ano Novo Chinês, o qual terá lugar a 5 de fevereiro deste ano.
A loja, intitulada de Criatividade Cultural do Museu do Palácio, garantiu a possibilidade de efetuar a troca de batons defeituosos pelo novo estoque.
Os padrões das embalagens dos cosméticos, segundo a loja, foram inspirados na mobília, pinturas e outras relíquias do espólio do museu.
Um conjunto de 5 batons avaliado em 199 yuans no Taobao esgotou o estoque em apenas uma semana.
Um internauta, que afirma ter examinado o conjunto em uma loja convencional (em contraponto com o comércio eletrônico), descreve os produtos como souvenirs turísticos, ao invés de cosméticos reais, dada a qualidade ser “pouco satisfatória”.
Um outro internauta sugeriu que o museu deveria considerar adotar uma linha de produtos em cooperação com marcas renomadas no setor, por forma a assegurar a qualidade.
O museu anunciou a sua aposta no setor de cosmética em abril de 2017.
Inicialmente, foi lançado um conjunto de batons com 6 cores e duas máscaras a 9 de dezembro, justamente no advento do festival de compras “duplo 12”, que, como o nome indica, ocorre no dia 12 de dezembro. Cada exemplar de batom tinha o preço de 199 yuans (cerca de 29 dólares).
Dois dias mais tarde, a loja do Taobao no museu lançou uma versão bem mais econômica. Porém, algumas críticas alegam que essa versão era de baixa qualidade.
Alojando 1.86 milhões de relíquias culturais, o Museu do Palácio, também conhecido por Cidade Proibida, serviu de residência imperial entre 1420 e 1911.