Beijing, 10 abr (Xinhua) -- Cientistas chineses realizaram pela primeira vez um estudo de sequenciação completa do genoma para o mal de Alzheimer na população chinesa e identificaram dois novos fatores de risco genético.
Uma equipe de pesquisadores liderada pelo Instituto de Tecnologia Avançada de Shenzhen (SIAT, na sigla em inglês) identificou variantes comuns em GCH1 e KCNJ15 que mostram associações indicativas do Alzheimer. A pesquisa foi publicada recentemente na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences".
A doença é um mal neurodegenerativo relacionado com a idade, e a patogênese não está completamente clara. Os mecanismos patofisiológicos do Alzheimer são complexos, e os fatores genéticos têm papéis fundamentais.
Estudos prévios de associação do genoma completo identificaram diversos pontos de risco e genes associados ao Alzheimer. No entanto, a maioria de dados genéticos existentes provêm de populações caucásicas e a informação de populações de outras etnias é escassa.
A China tem mais de 7 milhões de pacientes com Alzheimer e o número pode aumentar diante do envelhecimento da população.
Com a suscetibilidade a certos fatores de risco genético variam entre populações, é necessário reportar um estudo da sequência do genoma completo para o Alzheimer na população chinesa, disse o SIAT.
A equipe selecionou um grupo de pacientes chineses com Alzheimer e um grupo de chineses saudáveis da mesma idade e fez uma análise de expressão do genótipo para investigar mais o mecanismo biológico subjacente.
Além dos novos fatores de risco genético, a pesquisa também mostra que os genes de risco interatuam com sinais imunes humanos, revelando a relação entre a disfunção do sistema imune e o Alzheimer.
A pesquisa pode ajudar com um diagnóstico prococe do Alzheimer, pesquisa de biomarcador e desenvolvimento de medicamentos.