O Gabinete de Informações do Conselho de Estado da China lançou nesta quarta-feira o livro branco sobre a cooperação de segurança na Ásia-Pacífico

Com um número de palavras superior a 10.000, o documento é dividido em seis partes: a proposta chinesa em torno da cooperação de segurança na região, o conceito chinês de segurança na região Ásia-Pacífico, relações entre a China e demais países circundantes, posição chinesa em questões de relevo mundial, participação chinesa em mecanismos multilaterais, e a cooperação de segurança não-tradicional.

O documento refere que a região Ásia-Pacífico ocupa uma posição estratégica no cenário mundial. Como tal, a China está disposta a promover o desenvolvimento comum com outros países na região, intensificar os atuais mecanismos da cooperação multilateral, promover a elaboração de novas políticas para o efeito, e estreitar o intercâmbio militar, de modo a fomentar a paz e estabilidade regional.

A China propôs o conceito de “segurança comum, sintética, cooperativa e sustentável, na busca de um modelo de segurança de co-construção, partilha e benefício recíproco”, pode ler-se.

O documento refere as relações da China com os Estados Unidos, Rússia, Índia e Japão, frisando que o país tem a motivação de desenvolver ativamente o relacionamento e a cooperação com outros países da Ásia-Pacífico, com vista a aumentar a confiança mútua no âmbito político, reforçando os laços comerciais, estreitando os intercâmbios inter-humanos e militares, e, assim, promover a paz e prosperidade na região.

Questões-chave como o problema nuclear na Península Coreana, sistema antimíssil, Afeganistão, combate ao terrorismo e disputas marítimas também estão incluídos no livro branco, no qual a China apresenta o seu ponto de vista e propostas.

É também detalhada a cooperação em setores não tradicionais, como a participação em operações de resgate pós-calamidades, luta contra o terrorismo, segurança na internet, segurança marítima, desnuclearização e desarmamento.