Um exercício de vazamento nuclear é realizado em Zhuhai, cidada da província sulina de Guangdong. O exercício de emergência ocorreu no dia 11 de março de 2013. [Foto/VCG]
BEIJING, 25 de maio (Diário do Povo Online) - A China pretende concluir até o final de 2018 a formação da Equipe Nacional de Resposta a Emergências Nucleares, informou um oficial ligado a indústria nuclear nacional chinesa.
A equipe terá 320 profissionais em seis esquadrões e será designada para lidar com acidentes nucleares graves e participar de operações no exterior, disse Wang Yiren, vice-diretor da China Atomic Energy Authority, às margens de uma conferência plenária da Comissão Nacional de Emergência Nuclear, que foi realizada em Pequim nesta terça-feira.
"O trabalho para estabelecer a equipe já começou, e o governo pretende investir cerca de 600 milhões de yuans (US$ 91,6 milhões) nela", disse Wang, acrescentando que os seis esquadrões serão responsáveis pelo comando e suporte técnico, serviços de emergência, trabalhos de engenharia, monitoramento, prevenção de radiação e descontaminação.
Atualmente, existem 25 equipes de emergência nuclear com mais de 1.300 funcionários que são geridos por vários departamentos governamentais e empresas de energia nuclear estatais, disse ele, acrescentando que é necessário formar uma equipe nacional para responder a possíveis acidentes graves.
"Nós nomeamos os líderes da equipe e os seis chefes de esquadrão. Os seus subordinados serão selecionados a partir das forças de emergência nucleares existentes", disse Wang.
A China tem 30 reatores em operação com uma capacidade total instalada de 28,3 gigawatts, e mais 24 em construção, de acordo com a autoridade. Ele disse que no ano passado seis reatores entraram em operação.
Atualmente, a energia nuclear contribui com cerca de 2% da eletricidade produzida da China, segundo dados do Conselho de Eletricidade da China.
Além da formação de mão de obra, o governo vai melhorar os mecanismos de comunicação e coordenação entre as autoridades e as empresas da área nuclear, além de acelerar a legislação sobre energia e segurança nuclear, disse Wang.
"Nós também queremos desenvolver equipamentos específicos como robôs controlados a distância e fontes de alimentação emergenciais para forças-tarefas", disse ele.
Em janeiro, o governo central lançou um Livro Branco intitulado “Prontidão de Emergência Nuclear da China”, a primeira do tipo.
Edição: Rafael Lima