Beijing, 25 fev (Xinhua) -- Depois da vida, você gostaria de ser enterrado em um mero caixão ou que suas cinzas ajudassem as plantas a crescer? A China espera que você escolha a segunda opção.

De acordo com um regulamento divulgado na quarta-feira, o país promoverá enterros ecológicos para garantir uma relação harmoniosa entre os seres humanos e a natureza.

Os enterros ecológicos poupam a terra, reduzem custos funerários e prejudicam menos o meio ambiente, apontou o documento conjuntamente emitido pelo Ministério dos Assuntos Civis e oito outras autoridades centrais.

Há planos de instalações para apoiar os serviços de enterro ecológico em todo o país até o fim de 2020. A taxa de cremação também aumentará, informou o documento.

Os chineses tradicionalmente acreditam que as almas só descansam em paz com corpos cobertos pelo solo. Devido à escassez de terra e à poluição, os enterros na terra são proibidos na maioria das cidades.

No entanto, ainda se permite essa maneira em muitas áreas rurais e das minorias étnicas. A taxa nacional de cremação foi de 45,6% em 2014.

Hoje em dia as pessoas estão passando a ser mais abertas a outras opções. Até o fim de 2014, Beijing teve 78 mil enterros ecológicos, indicou o ministério.

A mudança também é movida pelos altos preços. Em Beijing, um jazido para guardar o porta-cinzas pode custar de US$ 3 mil a mais de US$ 30 mil.

Muitas pessoas sepultam familiares na vizinha Província de Hebei e algumas até brincam que não têm dinheiro para morrer.

O ministério disse que incentivará os enterros ecológicos em todo o país, estimulando enterros profundos, túmulos menores, substituição de lápides por árvores e cerimônias em áreas de árvores, flores e mar em lugares com regras de cremação rigorosas.

As pessoas que optarem por enterros ecológicos receberão benefício do governo, acrescentou.