Produtores do nordeste da China plantam café na América Latina

Fonte: Diário do Povo Online    24.02.2016 14h35

BEIJING, 24 de fev. (Diário do Povo Online) – A Associação da Indústria de Café da província de Heilongjiang, no nordeste da China, anunciou nesta segunda-feira que seis unidades inscritas na associação irão à Argentina para cultivar grãos de café e usar a tecnologia brasileira de torrefação para criar uma marca chinesa de café.

De acordo com o presidente da associação, Di Guochen, “nos últimos anos, com a chegada das cafeterias dos Estados Unidos, Europa e Coreia do Sul a Harbin, capital da província de Heilongjiang, a cidade se converteu em uma cidade com a cultura de tomar café”.

Nos últimos anos, mais de 400 cafeterias foram abertas em Harbin, alavancando o consumo de café para 60 toneladas ao mês.

“Atualmente, a maioria dos grãos de café no mercado nacional vem das províncias de Yunnan e Hainan, ambas no sul da China. Apesar disso, o país ainda carece de grãos de alta qualidade,” disse Di. Segundo ele, “o melhor período para se consumir o café é aproximadamente sete dias depois da torrefação. Portanto, se a associação cultivar o café na América Latina e torrá-lo em Harbin, os chineses poderão degustar um café original, barato e de boa qualidade, como também será possível tornar a cidade de Harbin em um centro de comercialização de grãos de café na China”.

A associação já fechou um acordo de intenções com uma fazenda de 400 hectares localizada na província argentina do Rio Negro, e estabelecerá uma empresa de torrefação em Harbin com tecnologia brasileira para criar a marca chinesa de café.

A associação também espera que os produtores chineses de café possam armazenar os grãos cultivados na Argentina em uma zona franca na cidade.

Tomar café é um hábito na Rússia, Japão e Coreia do Sul, que são países vizinhos da China. Porém, estes países não cultivam café e, portanto, a cidade de Harbin aproveitará a oportunidade para fomentar a exportação de café para estes países com a finalidade de impulsionar o desenvolvimento do setor na China.

Edição: Rafael Lima  

(Editor:Renato Lu,editor)

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