Tornar página inicial

Comércio eletrônico chinês é popular no Brasil

Fonte: Diário do Povo Online    27.05.2015 15h48

BEIJING, 27 de mai (Diário do Povo Online) – Durante o festival de “compra online” promovido pelo grupo Alibaba, no dia 11 de novembro passado, a primeira encomenda fora da China foi oriunda do Brasil! No maior festival da compra online no mundo, o volume das encomendas dos consumidores brasileiros representa o segundo lugar no ranking mundial, atrás dos russos. O comércio eletrônico chinês está mudando os hábitos dos brasileiros.

Amanda Bernardo, uma jornalista de moda e adepta da compra online, oriunda do estado de Santa Catarina, no sul do Brasil, fez vídeos sobre sua experiência de compra online e publicá-los na rede social, atraindo mais de um milhão de visitantes. O seu último vídeo mostrou os produtos chineses que comprou no AliExpress, uma filial de Alibaba: de caixinhas de armazenamento baratas até roupas e bolsas de mil yuans, vídeo de que atraiu mais de dez mil visitas em um mês.

“AliExpress é o website de compra que gosto mais. Deu-me um melhor preço e mais opções,” disse Bernardo, que espera divulgar esse website pelos seus vídeos.

O Brasil tem mais de 100 milhões de usuários de internet, que representa o maior número na América Latina. Fazer compra online é uma das atividades principais na internet para os brasileiros. Cresceram no ano passado 10,2 milhões de consumidores brasileiros de compra online, atingindo em total 51,5 milhões, entre eles mais de 40% fizeram compras nas plataformas internacionais como AliExpress.

O valor de compra online no Brasil em 2014 foi de 35,8 bilhões de reais, aumentando 24% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O número do negócio fechado chegou a 103 milhões de encomendas, crescendo 17% sobre o do ano anterior. O valor de consumo fora do Brasil atingiu 6,6 bilhões de reais, ocupando 18,4% do valor total de compra online, entre o qual, 55% foram dos websites chineses.

De fato, AliExpress já se tornou a maior plataforma de compra online no Brasil, superando no fim do ano passado o grupo brasileiro B2W.

Bruno Calheiros, de 26 anos de idade, mora em São Paulo e é um desenhador numa empresa. Ele gosta também de fazer compras via plataforma estrangeira. Ganhando 8 mil reais por mês, pode fazer compras em grandes shopping centres, mas prefere fazer surf na internet para comprar coisas.

“No início, gostei de fazer compras em eBay e Amazon, por exemplo, roupas, eletrodomésticos, equipamentos de ginástica. Depois de ter tentado o AliExpress, me apaixonei pelo website,” disse Calheiros.

Para Calheiros, a plataforma de Alibaba tem duas maiores vantagens: primeiro, os produtos “fabricados na China” têm um melhor preço; segundo, há mais opções de mercadorias. “Gosto de comprar produtos chineses em AliExpress porque eles têm um preço mais razoável e é muito difícil encontrá-los no mercado brasileiro. Algumas roupas são desenhadas de forma muito especial. Em comparação com os produtos baratos, acredito que o alto preço representa boa qualidade. ”

No entanto, para ser aceito pelos brasileiros, o comércio eletrônico chinês ainda tem muito a fazer. Idioma, logística e hábito são os três fatores que limitam o seu desenvolvimento no Brasil.

“Mesmo que AliExpress tenha a edição da língua portuguesa, é preciso usar inglês ou sistema de tradução para comunicar com os vendedores chineses. Se encontrar um chinês que não fale inglês, a comunicação será muito difícil,” disse ele. Recomendou a seus amigos a experimentar AliExpress, mas eles não querem mudar o hábito porque a configuração da página e o modo de pagamento são diferentes do eBay e Amazon. Por isso, a metade dos produtos comprados por Calheiros são para seus amigos. Em alguns fóruns visuais, muitos usuários disseram que não costumaram o modo de pagamento de AliExpress, comparando com eBay.

Além disso, devido à distância remota entre os dois países e à liquidação complicada na alfândega brasileira, de vez em quando, os produtos comprados por Calheiros podem chegar na sua mão em dois meses e meio.

Mesmo assim, sob a recessão econômica e a inflação no Brasil, comprar produtos chineses de baixo preço e boa qualidade vem a tornar-se uma escolha popular entre os brasileiros. Com 60% do imposto alfandegário, o preço dos produtos em AliExpress é mais barato que o no mercado local. 

(Editor:Juliano Ma,editor)